No mês de Setembro o Sul da Ilha foi afetado por uma forte ressaca, causando estragos e riscos de desmoronamento e rompimento da adutora responsável pelo abastecimento de 150 mil pessoas no Sul e Leste da Ilha, sendo necessária a execução de obras emergenciais para evitar maiores problemas.
Conforme prometido, nesta segunda-feira (16) o Deinfra deu início à obra de enrocamento para evitar o desmoronamento da SC-406 e preservar a adutora da Casan, no Caldeirão do Morro das Pedras.
A obra trata-se de um muro de pedras, com quatro metros de altura em uma extensão de 120 metros, e está sendo executada pela empresa Britagem Vogelsanger pelo valor de R$180 mil. A expectativa é de que em até 30 dias o enrocamento de pedras esteja concluído.
O superintendente regional do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Cléo Quaresma, pediu para a empresa acelerar o serviço, e que o trabalho siga sem interrupções até ser montada uma proteção primária.
“Não estamos tranquilos, porque é uma obra emergencial, mas estamos menos apavorados. Aguardamos um plano estratégico do governo, porque a erosão costeira é um fenômeno global e passível de solução”, cobrou o presidente da Associação Comunitária do Morro das Pedras, André Luiz Vieira.
Mar invadiu 15 mil m² de restinga no Caldeirão
O início da colocação das pedras foi acompanhado por técnicos da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente). Para o diretor da unidade de conservação da Lagoa do Peri, Mauro Costa, cerca de 15 mil m² de restinga sumiram com o avanço do mar. Ele destacou que a parte da vegetação atingida descobriu uma composição mais antiga. “A praia é um ambiente vivo em movimento e não sabemos o que o enrocamento pode provocar. Percebemos que a turfa [massa de tecido de várias plantas produzida por lenta decomposição] está à mostra e sem a presença de conchas”, disse. Costa informou ainda, que no ponto mais crítico, o mar avançou 50 metros sobre a restinga, sem contar a faixa de areia.
Fonte: ND Online.
Redação DuCampeche